Pós jogo
Derrota para o Mirassol prova que o Grêmio não sabe atacar

O Grêmio sofreu o terceiro revés consecutivo contra times de menor expressão na Arena, pelo Brasileirão: derrota para o Sport, empate com o Ceará e derrota para o Mirassol. Apenas um ponto somado em nove disputados — um recorte preocupante.
Grêmio não tem repertório tático
O que amenizou a situação foram a vitória contra o Galo, em Minas, e o empate com o Flamengo, no Rio. Caso contrário, o Tricolor Gaúcho estaria dentro do Z-4, com 21 pontos. No entanto, o fato de não conseguir vencer, jogando em casa, equipes do segundo escalão do futebol brasileiro prova que o Imortal não sabe propor o jogo.
Está evidente que o esquema de Mano Menezes é reativo. Quando o adversário se impõe, o Grêmio vive de transições rápidas. Contudo, quando precisa tomar a iniciativa e manter a posse de bola, escancara a falta de repertório para criar situações de gol.
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Reforços exigem melhor desempenho
Dessa forma, a equipe se torna previsível e acaba perdendo pontos preciosos na competição. O elenco, agora reforçado — antes considerado fraco — ainda não mostra evolução, e o trabalho do treinador também deixa a desejar. As novas contratações colocam o técnico em xeque: é preciso mudar a postura, criar alternativas táticas e encontrar soluções para que o rendimento melhore.
Contra a equipe do interior paulista, o Grêmio chegou a ter 60% de posse de bola no campo de ataque. No entanto, faltava inspiração no último terço do campo. Não há jogadas de aproximação, ultrapassagens dos laterais, jogadas de linha de fundo, entradas em diagonais, triangulações, infiltrações. Isso passa diretamente pela comissão técnica.
Foto: Lucas Uebel/Grêmio
Pós jogo
Grêmio empata com o Flamengo e recupera confiança
Após uma sequência marcada por oscilações que alimentaram a desconfiança em relação ao trabalho de Mano Menezes, o empate com o Flamengo, no Maracanã, trouxe alívio e renovou a confiança no ambiente gremista. A derrota para o Sport, em casa, seguida pela vitória sobre o Atlético Mineiro, em Minas, e o empate com o Ceará, na Arena, formaram um cenário instável. Como consequência, o confronto diante do líder no Maracanã passou a ser encarado como um teste de fogo, com contornos de alto risco para o treinador.
Grêmio freia o líder no Maracanã
Diante desse contexto, Mano Menezes optou por uma estratégia cautelosa para enfrentar o Flamengo fora de casa. Inicialmente, com uma escalação mais conservadora, o Imortal adotou uma postura de resistência. O objetivo era claro: neutralizar as principais jogadas dos mandantes e impedir que o Rubro-Negro impusesse seu ritmo. Como resultado, o Grêmio conseguiu sustentar o empate sem gols até o intervalo, demonstrando disciplina tática e concentração defensiva.
Flamengo sai na frente, mas Grêmio reage
No entanto, logo no início da segunda etapa, aos sete minutos, Arrascaeta aproveitou uma brecha e abriu o placar para o Flamengo. Com mais de 69 mil torcedores empurrando o time da casa, a expectativa era de que o Rubro-Negro aumentaria a pressão e dominaria o restante da partida. A vantagem no placar parecia ser o gatilho para uma possível goleada.
Mano muda o jogo e surpreende
Contudo, Mano Menezes não se intimidou. Rapidamente, promoveu alterações importantes: retirou um volante e colocou um meia mais criativo para articular as jogadas ofensivas. Além disso, abandonou o esquema inicial 4-4-2 e adotou o tradicional 4-2-3-1, com dois extremos abertos. Noriega, que até então atuava na zaga, foi deslocado para o meio-campo, onde passou a auxiliar Cuéllar tanto na marcação quanto na saída de bola.
Essa nova configuração tática trouxe resultados imediatos. O Imortal passou a atacar com mais frequência e criou dificuldades para o sistema defensivo comandado por Filipe Luís. A equipe gaúcha demonstrou coragem e inteligência ao explorar os espaços deixados pelo adversário.
Recompensa pela ousadia
A recompensa pela mudança de postura veio aos 40 minutos do segundo tempo. Noriega fez um lançamento preciso para Pavón, que cruzou para a área. A bola acabou tocando na mão do defensor carioca, dentro da área, e o árbitro assinalou o pênalti. Tiago Volpi, com personalidade, assumiu a responsabilidade pela cobrança e converteu, deixando tudo igual no Maracanã.
Controle e confiança para o futuro
A partir desse momento, o Grêmio passou a administrar o resultado com maturidade e controle total das ações. O empate, além de devolver a tranquilidade ao clube, fortaleceu a continuidade do trabalho na Arena. Mano Menezes e seus comandados mostraram que é possível competir em alto nível, tanto tática quanto tecnicamente, mesmo diante dos maiores desafios.
Foto: Lucas Uebel/Grêmio
Pós jogo
Mano Menezes gostou da atuação contra o Ceará “Futebol bem jogado”
O Grêmio tropeçou diante do Ceará jogando em casa, na noite deste sábado (23). O Imortal ficou no 0 a 0 com o Vozão, em uma partida marcada pela falta de criatividade e pela dificuldade em se impor diante de um adversário, teoricamente, de menor qualidade técnica.
Apesar de somar apenas um ponto e perder a chance de subir na tabela, Mano Menezes aprovou a atuação da equipe.
“Depois do jogo que fizemos contra o Sport, quando saímos tristes, fizemos uma partida melhor como equipe. Esse é o ponto de partida que acredito que a análise vai caminhar. Essa é a que vamos levar. Falei aos jogadores isso. Quando saímos do jogo anterior, não saímos com nada. Hoje saímos com um jogo bem jogado, com limitações. E como vamos trabalhar para as resolver. Essa é a direção em que vamos caminhar”, disse o treinador.
Mano Menezes adota discurso protecionista
A fala do comandante gremista soa mais como uma tentativa de proteger o grupo do que como uma análise objetiva do que ocorreu em campo. A atuação da equipe foi insuficiente para vencer o Ceará. Embora algumas chances de gol tenham sido desperdiçadas, o desempenho da maioria dos jogadores ficou aquém do esperado. Além disso, a proposta tática foi comum e previsível.
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Não dá para dissociar o resultado deste sábado da derrota para o Sport, no domingo passado. Dos seis pontos disputados em casa, contra adversários considerados tecnicamente inferiores, o Grêmio somou apenas um. O próximo compromisso é contra o Flamengo, no Rio de Janeiro — e a possibilidade de complicações na tabela se tornou ainda mais evidente.
Foto: Lucas Uebel/Grêmio
Pós jogo
Atuação contra o Fluminense confirma fim de ciclos no Grêmio
O Grêmio vai concluir o primeiro turno do Brasileirão sem conquistar nenhuma vitória longe do Rio Grande do Sul. Esse dado diz muito sobre o atual elenco do Tricolor Gaúcho. O último compromisso será contra o Sport, em casa; o mesmo se aplica ao jogo atrasado contra o Botafogo, pela 16ª rodada, que também será disputado na Arena do Grêmio.
Ausência de vitórias fora de casa expõe limitações
A equipe comandada por Mano Menezes não consegue se impor como visitante. Embora não se apequene por completo, falta-lhe personalidade para ser protagonista nos jogos fora de casa. A culpa é do treinador? Do seu esquema tático? Nem sempre. Parte do problema reside também no perfil do grupo formado pela direção do clube.
Como resultado, esse conjunto de ações e desacertos tem tornado o Grêmio uma equipe que luta por um objetivo primordial: não ser rebaixada. O futebol apresentado, salvo alguns momentos de exceção, é sofrível. Isso não é uma tentativa de promover uma visão catastrófica infundada; ao contrário, os jogos mostram com clareza as dificuldades da equipe para realizar o mínimo exigido.
Críticas à comissão técnica ganham força
O jornalista Diori Vasconcellos, da Rádio Gaúcha, fez uma crítica severa ao trabalho realizado na Arena após a derrota para o Fluminense. O comunicador questionou se adianta a comissão técnica continuar treinando. No entanto, essa simplificação joga Mano Menezes e sua equipe técnica aos leões. Criticar por audiência é fácil. E quem questiona os comentários absurdos, muitas vezes feitos pela própria imprensa? Como ela reage quando recebe críticas?
Derrota para o Fluminense representa fim de ciclos
Voltando ao futebol, a verdade é que mesmo contratando Guardiola, o Grêmio não vai melhorar. Pelo menos não com as opções disponíveis no atual elenco. A atuação contra o time de Renato Portaluppi deixou evidente o fim dos ciclos de Cristaldo, Pavón, Aravena e João Lucas. Além disso, há outros jogadores que nem sequer participaram da partida e que também precisam sair.
Não dá mais para insistir nesses nomes. Retirar Riquelme para colocar Cristaldo, ou substituir Alysson por Aravena, beira a insanidade. É necessário afastar algumas peças dos treinos e buscar um novo destino para elas. Escalá-los apenas por conta do investimento feito ou do salário pago prejudica, tecnicamente, o desempenho coletivo da equipe.
Mudanças táticas exigem maior reflexão
Outro ponto que merece reavaliação é a mudança tática promovida por Mano Menezes. Contra o Fortaleza, o treinador colocou Alysson mais centralizado, próximo de Braithwaite. A estratégia funcionou por um tempo. Contudo, a repetição da fórmula no jogo do Maracanã escancarou que esse esquema está anulando o melhor do jogador. Alysson se destaca pelas jogadas pelo corredor, com velocidade, drible e profundidade, além de garantir amplitude ofensiva. É necessário recuar nessa proposta sob pena de perder um excelente atacante de flanco.
Imagem: Lucas Uebel/Grêmio
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