Pós jogo
Contra tudo e contra todos, Grêmio vence o Inter e supera a arbitragem

O Grêmio realizou uma partida heroica, para ser lembrada com orgulho pelos gremistas. Neste domingo (21), o Imortal venceu o Inter e superou a arbitragem lamentável de Marcelo de Lima Henrique. Na casa do maior rival, o Tricolor Gaúcho foi superior, enfrentou erros absurdos do árbitro e conquistou a vitória por 3 a 2.
Grêmio vence Inter e árbitro no Grenal 448
Com cinco reforços atuando juntos pela primeira vez, o Grêmio não sentiu o desentrosamento e dominou o clássico. Desde o início da partida, a equipe comandada por Mano Menezes teve as principais ações do duelo sob seu controle.
Bem postado em campo, disciplinado taticamente e com qualidade, o Tricolor mereceu a vitória. O estreante Willian desfilou em campo, sendo o melhor jogador do Grenal. O time apresentou troca de passes curtos, bolas longas, chegadas à linha de fundo, cruzamentos, ocupação de espaços, aproximação e finalizações a gol.
Não foi uma apresentação perfeita, mas sim promissora. Sem dúvida, foi a jornada mais consciente da equipe na temporada. Os jogadores recém-integrados ao elenco potencializaram os demais companheiros. Cuéllar, Marlon e Edenílson, por exemplo, cresceram com as novas parcerias.
Mesmo envolvido em dois lances de pênalti, Noriega não se abalou e se recuperou durante o jogo. Marcos Rocha, Arthur e Willian desequilibraram o confronto, enquanto Carlos Vinícius foi o centroavante que se esperava: forte, impositivo e decisivo com gol.
Arbitragem caseira foi o 12º jogador do rival
A maior decepção foi, sem dúvida, o árbitro Marcelo de Lima Henrique. Aos 54 anos, o experiente juiz optou por uma arbitragem claramente tendenciosa. Inverteu várias faltas, sempre a favor dos donos da casa, além de marcar um pênalti inexistente e outro, no mínimo, duvidoso.
No primeiro lance, não há toque de Noriega em Bernabei; o jogador colorado cai sozinho na área gremista. Já no segundo, antes de a bola tocar na mão do zagueiro gremista, há um puxão de Borré na camisa do defensor, o que compromete a naturalidade da ação defensiva. Em vez de marcar falta de ataque, Marcelo optou por assinalar a penalidade.
Em uma análise detalhada, o trabalho do árbitro pesou para o lado vermelho. Cabe uma representação do Grêmio contra ele junto à CBF. Vale lembrar que, neste ano, Marcelo de Lima Henrique foi afastado de competições nacionais após expulsar equivocadamente o zagueiro do Cruzeiro. Curiosamente, naquela ocasião, os mineiros enfrentaram o Inter no Beira-Rio, pela segunda rodada do Brasileirão.
Outra questão que não pode passar despercebida é o “mano a mano” promovido pela imprensa em geral. A maioria dos que votaram desconsiderou o histórico de alguns jogadores e priorizou apenas o tempo de clube. Assim, o Inter foi considerado muito superior, ignorando as exibições pífias da equipe colorada. Entretanto, o campo mostrou que o Imortal agregou qualidade e provou sua superioridade, derrubando o clubismo disfarçado de teoria que não se sustenta.
Foto: Lucas Uebel/Grêmio
Pós jogo
Derrota para o Mirassol prova que o Grêmio não sabe atacar
O Grêmio sofreu o terceiro revés consecutivo contra times de menor expressão na Arena, pelo Brasileirão: derrota para o Sport, empate com o Ceará e derrota para o Mirassol. Apenas um ponto somado em nove disputados — um recorte preocupante.
Grêmio não tem repertório tático
O que amenizou a situação foram a vitória contra o Galo, em Minas, e o empate com o Flamengo, no Rio. Caso contrário, o Tricolor Gaúcho estaria dentro do Z-4, com 21 pontos. No entanto, o fato de não conseguir vencer, jogando em casa, equipes do segundo escalão do futebol brasileiro prova que o Imortal não sabe propor o jogo.
Está evidente que o esquema de Mano Menezes é reativo. Quando o adversário se impõe, o Grêmio vive de transições rápidas. Contudo, quando precisa tomar a iniciativa e manter a posse de bola, escancara a falta de repertório para criar situações de gol.
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Reforços exigem melhor desempenho
Dessa forma, a equipe se torna previsível e acaba perdendo pontos preciosos na competição. O elenco, agora reforçado — antes considerado fraco — ainda não mostra evolução, e o trabalho do treinador também deixa a desejar. As novas contratações colocam o técnico em xeque: é preciso mudar a postura, criar alternativas táticas e encontrar soluções para que o rendimento melhore.
Contra a equipe do interior paulista, o Grêmio chegou a ter 60% de posse de bola no campo de ataque. No entanto, faltava inspiração no último terço do campo. Não há jogadas de aproximação, ultrapassagens dos laterais, jogadas de linha de fundo, entradas em diagonais, triangulações, infiltrações. Isso passa diretamente pela comissão técnica.
Foto: Lucas Uebel/Grêmio
Pós jogo
Grêmio empata com o Flamengo e recupera confiança
Após uma sequência marcada por oscilações que alimentaram a desconfiança em relação ao trabalho de Mano Menezes, o empate com o Flamengo, no Maracanã, trouxe alívio e renovou a confiança no ambiente gremista. A derrota para o Sport, em casa, seguida pela vitória sobre o Atlético Mineiro, em Minas, e o empate com o Ceará, na Arena, formaram um cenário instável. Como consequência, o confronto diante do líder no Maracanã passou a ser encarado como um teste de fogo, com contornos de alto risco para o treinador.
Grêmio freia o líder no Maracanã
Diante desse contexto, Mano Menezes optou por uma estratégia cautelosa para enfrentar o Flamengo fora de casa. Inicialmente, com uma escalação mais conservadora, o Imortal adotou uma postura de resistência. O objetivo era claro: neutralizar as principais jogadas dos mandantes e impedir que o Rubro-Negro impusesse seu ritmo. Como resultado, o Grêmio conseguiu sustentar o empate sem gols até o intervalo, demonstrando disciplina tática e concentração defensiva.
Flamengo sai na frente, mas Grêmio reage
No entanto, logo no início da segunda etapa, aos sete minutos, Arrascaeta aproveitou uma brecha e abriu o placar para o Flamengo. Com mais de 69 mil torcedores empurrando o time da casa, a expectativa era de que o Rubro-Negro aumentaria a pressão e dominaria o restante da partida. A vantagem no placar parecia ser o gatilho para uma possível goleada.
Mano muda o jogo e surpreende
Contudo, Mano Menezes não se intimidou. Rapidamente, promoveu alterações importantes: retirou um volante e colocou um meia mais criativo para articular as jogadas ofensivas. Além disso, abandonou o esquema inicial 4-4-2 e adotou o tradicional 4-2-3-1, com dois extremos abertos. Noriega, que até então atuava na zaga, foi deslocado para o meio-campo, onde passou a auxiliar Cuéllar tanto na marcação quanto na saída de bola.
Essa nova configuração tática trouxe resultados imediatos. O Imortal passou a atacar com mais frequência e criou dificuldades para o sistema defensivo comandado por Filipe Luís. A equipe gaúcha demonstrou coragem e inteligência ao explorar os espaços deixados pelo adversário.
Recompensa pela ousadia
A recompensa pela mudança de postura veio aos 40 minutos do segundo tempo. Noriega fez um lançamento preciso para Pavón, que cruzou para a área. A bola acabou tocando na mão do defensor carioca, dentro da área, e o árbitro assinalou o pênalti. Tiago Volpi, com personalidade, assumiu a responsabilidade pela cobrança e converteu, deixando tudo igual no Maracanã.
Controle e confiança para o futuro
A partir desse momento, o Grêmio passou a administrar o resultado com maturidade e controle total das ações. O empate, além de devolver a tranquilidade ao clube, fortaleceu a continuidade do trabalho na Arena. Mano Menezes e seus comandados mostraram que é possível competir em alto nível, tanto tática quanto tecnicamente, mesmo diante dos maiores desafios.
Foto: Lucas Uebel/Grêmio
Pós jogo
Mano Menezes gostou da atuação contra o Ceará “Futebol bem jogado”
O Grêmio tropeçou diante do Ceará jogando em casa, na noite deste sábado (23). O Imortal ficou no 0 a 0 com o Vozão, em uma partida marcada pela falta de criatividade e pela dificuldade em se impor diante de um adversário, teoricamente, de menor qualidade técnica.
Apesar de somar apenas um ponto e perder a chance de subir na tabela, Mano Menezes aprovou a atuação da equipe.
“Depois do jogo que fizemos contra o Sport, quando saímos tristes, fizemos uma partida melhor como equipe. Esse é o ponto de partida que acredito que a análise vai caminhar. Essa é a que vamos levar. Falei aos jogadores isso. Quando saímos do jogo anterior, não saímos com nada. Hoje saímos com um jogo bem jogado, com limitações. E como vamos trabalhar para as resolver. Essa é a direção em que vamos caminhar”, disse o treinador.
Mano Menezes adota discurso protecionista
A fala do comandante gremista soa mais como uma tentativa de proteger o grupo do que como uma análise objetiva do que ocorreu em campo. A atuação da equipe foi insuficiente para vencer o Ceará. Embora algumas chances de gol tenham sido desperdiçadas, o desempenho da maioria dos jogadores ficou aquém do esperado. Além disso, a proposta tática foi comum e previsível.
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Não dá para dissociar o resultado deste sábado da derrota para o Sport, no domingo passado. Dos seis pontos disputados em casa, contra adversários considerados tecnicamente inferiores, o Grêmio somou apenas um. O próximo compromisso é contra o Flamengo, no Rio de Janeiro — e a possibilidade de complicações na tabela se tornou ainda mais evidente.
Foto: Lucas Uebel/Grêmio
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